O ano está acabando e 2015 que eu tinha certeza que tudo seria diferente de 2014, foi tão igual quanto se fosse o próprio 2014. Aprendi algumas coisas novas. Uma delas é que não devemos confiar em algumas pessoas que demonstram não serem dignas de confiança, mas também aprendi (relembrei) que ficar sozinho te faz uma pessoa triste, e que mesmo que você não confie em alguém, essa pessoa não precisa saber disso, relações sociais estão cada vez mais complicadas na minha vida. Não, não sou nenhum ser de outro planeta (eu acho que não, pelo menos), mas crescer sozinha, rodeadas apenas de livros como amigos, me fez uma pessoa um tanto diferente da maioria. Tenho um conceito de amizade bem diferente do que a maioria tem, e aos pouco estou aprendendo que mesmo com o tempo passando bem rápido, eu ainda continuo sendo aquela menina que ficava com os livros, boas músicas, escrevendo, desenhando e criando teorias sobre como funciona a maioria das coisas, e muito ingenua também. Às vezes acho até vergonhoso dizer que acredito nas pessoas e acredito que elas possam mudar e que elas são pessoas que coisas ruins aconteceram e deixaram elas ruins (algumas só são ruins mesmo) mas depois eu penso que não é tão vergonhoso assim, na verdade nem deveria ser vergonhoso, outras coisas que já fiz são bem mais vergonhosas que isso, mas vou começar 2016 ainda acreditando nas pessoas e dando oportunidades para elas, até mesmo elas não me deram outras oportunidades.
Não espero de 2016 seja diferente, não espero que eu seja diferente, nem que outras pessoas, ou outras atitudes sejam diferentes, pela primeira vez, eu só quero que tudo continue bem do jeito que está. Pela primeira vez eu estou exatamente onde eu queria (quero) está. A única coisa que mudou em 2015 foi meu modo de ver as coisas, e pra mim isso foi o bastante, suficiente.
P.S. Mudei de ideia, tem algo sim que eu gostaria que mudasse; gostaria de ter mais tempo para me dedicar a escrever mais e estudar mais.
-Bianca Queiroz
