Bem-vindos ao meu blog....

Às vezes, as palavras de outras pessoas, traduzem os meus sentimentos, e os outros se transformam em mim, e em outras vezes, minhas palavras traduzem os sentimentos alheios, e eu me transformo nos outros.
Vivo nesta louca metamorfose.
-- Bianca Queiroz

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Foi à queima roupa

 ...pareciam apenas palavras ao vento porém eu senti como se fossem tiros direto no coração, mas eu não revidei, não faria isso com ela, eu não despejaria palavras ou atitudes que a fossem machucar, não de propósito. Então eu pensei "e se eu a machuquei sem saber e ela apenas está revidando a dor sentida?" pensei e me doeu todo o corpo só em pensar que em algum momento eu poderia tê-la magoado, então eu não revidei, eu me segurei forte e recebi as palavras, recebi por ela, pra ela se livrar do que sentiu e está transformado nas palavras que me ferem à queima roupa, mas eu fico firme, eu me seguro e a deixo me partir em vários pedaços, ela não sabe, mas eu to fazendo isso por ela, cada dor que eu sinto é pra ela poder ser livre, pra ficar bem, mesmo que isso signifique que eu tenha que ficar não tão bem, as palavras continuam, eu tento não revidar, eu estou resistindo bem, como um soldado na guerra do amor impossível, mas a essa altura eu já nem sei se é amor, não dela, eu não tenho como saber, estou ferida demais pra pensar e ainda assim eu poderia revidar, mas de novo eu não o fiz, estou me curando, me defendendo, mas jamais atacando, eu poderia ter palavras tão pesadas e farpadas quanto as dela, mas eu não, eu não, eu jamais a machucaria por querer, prefiro me curar, olho por olho o mundo acabará cego, esse ditado vale pros olhos do bem querer, e mais um ditado me vem a mente, quando um não quer dois não brigam, não brigam, não amam, não ficam juntos... Reciprocidade é o que faria uma briga ou amor, você escolhe em que quer ser lembrada por ter reciprocidade, eu prefiro no amor, e você?

-Bianca Queiroz

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Breve

Estávamos lá, deitadas, nossos corpos quentes estavam colados em um abraço apertado, daqueles que você não quer que a pessoa vá embora nunca. Então a mão dela deslizou devagar pelas minhas costas, me arrepiando e me fazendo desejá-lá mais do quê o que eu já desejava, meu corpo estava quente, e o deslizar me esquentava mais ainda, foi aí que ela parou a mão em meu quadril e sussurrou, enquanto olhava meu corpo:
-Guarda pra mim? 
Eu a beijei, depois sorri e fui levando minha boca ao ouvido dela e sorrindo sussurrei, como se fosse um segredo do universo:
-Já é teu.
Ela sorriu e então me beijou de volta e fechou os olhos, sorrindo, ela dormiu sorrindo, e eu a olhei por um tempo, eu tinha certeza, ela sabia que eu era dela antes mesmo de eu abrir a boca e ela gostava de saber isso.


— Bianca Queiroz