Bem-vindos ao meu blog....

Às vezes, as palavras de outras pessoas, traduzem os meus sentimentos, e os outros se transformam em mim, e em outras vezes, minhas palavras traduzem os sentimentos alheios, e eu me transformo nos outros.
Vivo nesta louca metamorfose.
-- Bianca Queiroz

terça-feira, 11 de novembro de 2014


É coisa da minha cabeça (ou não).

As pessoas geralmente cometem erros e não sabem como consertá-los, mas pior é quando só para você que algo está errado.

Ela (o nome é irrelevante) está cada vez mais longe, eu não sei se pelo que faço, digo, ou sei lá, se por achar que sou próxima demais dele (nome também irrelevante) e ela querer não ficar próxima dele (às vezes pelo menos), e ele cada vez mais longe também, provavelmente pelos mesmos motivos (ou não). Então eu fico olhando os dois indo e indo, sumindo e ficando cada vez mais longe e menos acessíveis, talvez até pelas tarefas diárias (apesar de não parecer nem de longe este motivo). Eu sinto a falta dos dois. Sempre senti a falta que fazem, nos dias bons é difícil, nos dias ruins é quase impossível.


Talvez eu devesse falar com eles. Mas... Vai adiantar falar sobre? Ou será apenas perda de tempo e tentativa frustrada de tentar consertar as coisas que só parecem quebradas para mim? Enquanto eu fico sentindo falta, meu mundo começa a desabar e as dores antigas e sentimentos do passado resolveram agora retornar para me assombrar, até porque nunca vai passar de verdade, eu às vezes apenas esqueço os sentimentos por um tempo, mas eles voltam, sempre voltam. 

Se eu não cometesse tantos erros e sempre os mesmos, eu tentaria trazer alguém de volta para perto de mim, mas eu vou acabar estragando, magoando ou perdendo tudo de novo. Já chega de estragos e dores, espere que uma hora passa, mesmo que depois tudo volte. Aguentar tudo passar em silêncio e sem perturbar ninguém é a melhor coisa que posso fazer, assim se alguém sofre, esse alguém será apenas eu, sozinha como deve ser. 

- Bianca Queiroz

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Desiste não.


Tem uma hora que aparece alguém que te faz enxergar as verdades que você tanto escondeu, faz ver os medos que você tanto fugiu, as mentiras de "tudo bem" que você contou, que divide confiança e amizade que você nunca sentiu.
Tem uma hora na vida que vai aparecer alguém assim, e você vai começar a pensar sobre ela; de onde, pra quê e por que ela veio e está justamente na tua vida? Então mesmo não sabendo responder, você vai entender que precisa pensar nas verdades, nos medos, nos "tudo bens", nas confianças e principalmente na amizade.
Quando você sente que alguém realmente se importa contigo, dá vontade de mudar, melhorar, principalmente quando se é a pessoa mais errada que poderia ser. Dá medo de magoar, decepcionar, e os maiores medos: perder e ser magoada. Quem não tem medo de um coração partido? Um coração quando bem partido dá trabalho juntar os pedacinhos e colar tudo de novo. É preciso mais que palavras pra consertar um coração bem partido.

Tenho um coração muito bem partido, e uma amizade tentando consertar. Meu coração foi partido, por amigos, família e amores, com uma coleção de dores eu tento manter pelo menos os pedaços do meu coração. Um coração tão partido te faz perder a cabeça várias vezes, e você se acostuma tanto em ser alguém tão quebrado assim, que começa a não saber como era antes, e tem medo de lembrar, chega a preferir ficar assim. É um péssimo costume, eu sei, mas vai falar isso pra pedaços e mais pedaços de confiança e sentimento estilhaçados.

O mais engraçado, é que eu acho que estão conseguindo juntar aos poucos os caquinhos de coração que estão espalhados em mim, e o ruim é que às vezes esta mesma amizade quebra um pouco também. Vamos confiar que vai dar tudo certo no final, e se não der certo a gente tenta de novo, até que dê certo.
Não desista e nem deixe que desistam de ti.

"Amizade é o amor que nunca morrer."

-Bianca Queiroz

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Uma insônia reflexiva

Existe algo que me domina algumas vezes durante um breve período de tempo, tenho a leve impressão que sou "eu", meu verdadeiro "eu" que às vezes resolve por este breve momento tomar as rédeas da situação.
Por que tão breve? Por que não fica um pouco mais, até tudo se arrumar?
Parece por um momento que até eu mesma, que sempre tanto lamento das pessoas me abandonarem, desistirem ou não mais insistirem em mim, até eu mesma desisto e por vezes que tomo conta de mim, é um breve momento de esperança que algo enfim faça sentido e se organize em mim.

A palavra de hoje é "EU", mas não um eu tipo egocêntrico que espera que o mundo gire ao seu redor pois ele é bom demais para girar ao redor de alguém/algo, é mais um eu que precisa de atenção, daquele amparo que às vezes as pessoas sentem necessidade, sabe? Um grito no escuro, é um "Eu ainda estou aqui, e to viva, veja!" 

Essa necessidade humana que me sufoca, me irrita, esse precisar de alguém sempre, esse ter um porto seguro, aquele pra quem você corre quando as coisas tendem a darem errado. Talvez isso me irrite porque nunca tive um porto seguro, apenas a necessidade de um.

Necessidade, está aí outra palavra interessante para hoje. Necessidade de ter outra pessoas a sua volta, essa tal necessidade é que fode com a gente. Você ter alguém que te escute, ou que não te escute, que pelo menos se importe com você, mas tem sempre alguém necessário no seu mundo.

As palavras de hoje formam uma frase reflexiva: "Eu necessito" 
Eu necessito, eu preciso, eu quero... O ser humano gira em torno de si mesmo, mas sempre com necessidade de um outro, por quê? Pra viver sem enlouquecer? 
Não sei, apenas sei que também... EU NECESSITO!

-Bianca Queiroz


terça-feira, 19 de agosto de 2014

Sem conserto

Tenho que voltar a viver na minha solidão, viver com outras pessoas muito próximas de mim, me faz esperar delas atitudes que a maioria delas nunca vai ter, na verdade nenhuma delas vai ter, e elas fazem o mesmo em relação a mim. Essa expectativa é que eu sempre decepciono as pessoas e elas sempre me decepcionam.
Talvez eu tenha nascido para a solidão, porque ela me faz bem de certo modo, ou talvez de um modo estranho, as pessoas me fazem mal. Lamento toda expectativa que causei, mas agora não quero mais ninguém por perto, e o problema é que todos tentam me consertar, mas a verdade é que eu não tenho conserto e isso deve ser extremamente decepcionante, e pior, talvez no fundo eu nem queira ser consertada.
Apenas me deixe aqui, quebrada como sempre fui. 
Nem sei como voltei a sentir coisas assim, mas sei que elas voltaram, ficar sozinha (de novo), me parece o melhor a fazer para não causar mais expectativas seguidas de decepções, é isso que eu tenho costume de fazer, então apenas me deixe aqui, quebrada e sozinha, assim talvez algo se arrume, e se mesmo assim não se arrumar, eu prefiro ficar sozinha quando o restante do meu mundo desabar, e eu tiver coragem de por um fim em tudo.

-Bianca Queiroz

quinta-feira, 14 de agosto de 2014


Ela nunca ligou pra nada, nem ninguém, sempre se fechou em seu pequeno e escondido mundinho, onde vivia de livros, um caderno, onde uma vez outra rabiscava um poema ou frase, muita música e filme também, sempre foi assim e ela não queria mudar.
Por algum motivo, um dia ela encontrou alguém com quem conversar e gostar, e em um outro dia encontrou alguém a quem beijar e amar, deixou que aos poucos essas pessoas entrassem em seu mundinho, e essas pessoas aos poucos foram e a tiraram de lá.

Não existe nada pior do que você tirar alguém da solidão e não lhe fazer companhia de verdade, um sentimento pior que sentir que estar sozinha, é se sentir sozinha estando acompanhada.
E num momento todos os sentimentos bons sentidos foram pisados e esmagados. 
Ela até tentou deixar de sentir e voltar para o próprio mundinho, mas era mais difícil do que ela poderia imaginar.

Se conformou que amar é sofrer, e por consequência de um coração estilhaçado, hoje ela acredita que tudo é em vão, todos vão partir, vão machucar, vão abandonar, mesmo quando ela tenta sentir diferente, existe algo dentro dela que grita "NÃO AME, NÃO SE APEGUE, NÃO CONFIE" e ela ama, se apega e confia, mas sempre tem em mente "serei magoada, abandonada e traída de novo", e ela está sempre de coração partido, mesmo quando não parece.

Ela desaprendeu a amar.

-Bianca Queiroz

Orgulho ou medo, eis a questão?


Você sabe que errou, você sabe que machucou ou decepcionou alguém, todos sabemos quando isso acontece, mas o ruim é que pedir perdão se torna um ato pequeno diante de um coração magoado por um grande erro.
Não é o orgulho que te impede de dizer "Desculpe-me, eu errei", o medo da reposta que faz isso, não a resposta comum, mas a resposta atrás da própria resposta. O medo vem porque você sabe que talvez nem você mesmo se perdoaria, mais medo ainda porque um perdão pequeno diante de um erro grande, só tem efeito se tiver algum sentimento verdadeiro da outra pessoa com você, e é exatamente aí que o medo cresce e o que você chama de orgulho, aquele "Não ligo, não me importo, se ele(a) quiser que fale comigo" nada mais é que uma máscara para um "tenho medo que não exista sentimento nenhum, quero que ele(a) prove o contrário e mesmo estando certo(a), venha falar comigo".
Talvez quando dizem "tenho meu orgulho" seja na verdade um "tenho meu medo".

-Bianca Queiroz

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Seguindo..

Meus sorrisos aos poucos vão voltando, mas aos poucos mesmo. Tenho medo que estes sorrisos sejam apenas um anúncio para uma futura presença de lágrimas, lágrimas que voltarão a me visitar todas as noites.
Medo, medo, medo... Talvez todas vezes que tenho sorrido, seja de medo.
E agora?!
Agora vou tentar viver e sorrir, mesmo que com muito medo, Talvez isso faça de mim uma pessoa corajosa: seguir em frente, mesmo com tanto medo em mim.

- Bianca Queiroz