Apareceram medos novos, voltaram alguns dos antigos também, mas sinto que consigo lidar melhor com eles agora, depois de anos eu consigo conversar com eles de uma forma mais leve, diria que até não causam tanto medo quanto antes.
Sinto o vazio do reencontro de mim mesma, me perdendo entre quem eu era, quem fui, quem eu deveria ter sido, e principalmente, quem eu poderia ter sido... Ah! Os anos que não voltam, as palavras engolidas, os sonhos que deixei de sonhar...
Talvez eu perceba que até me perder faz parte do processo de ser eu mesma, talvez eu goste (ou tentei gostar) de me perder um pouco nos bosques da juventude inconsequente e inabalável.
No fundo eu sei que na busca incessante pelo meu eu que há muito perdi e agora tento, em meio a bagunça do tempo, reencontrar eu poderei ser eu depois de ter sido tantas outras.
-Bianca Queiroz
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