Bem-vindos ao meu blog....

Às vezes, as palavras de outras pessoas, traduzem os meus sentimentos, e os outros se transformam em mim, e em outras vezes, minhas palavras traduzem os sentimentos alheios, e eu me transformo nos outros.
Vivo nesta louca metamorfose.
-- Bianca Queiroz

sábado, 27 de maio de 2017

Tarde demais pra se eu (?)

Eu não sei mais quem eu sou. E mesmo assim sinto uma necessidade horrível em mudar, mas não consigo, cada célula do meu insignificante corpo teima contra as mudanças que preciso. E eu preciso mudar, não me reconheço no que tenho, nos livros que leio, nas músicas que escuto, nas conversas que tenho, em nada vejo algo que eu possa dizer ser eu; e eu sei que ninguem sabe quem sou porque nem eu mesma sei mais quem sou eu, ou o que sou.

Quero que me reconheçam e me acordem, mas é algo que só eu mesma posso fazer por mim.
Só eu posso me salvar de mim, do mal que me causo, das pessoas que deixei que me machucassem, porque verdade é que ninguem te machuca se você não deixar.

Quero ser eu, me encontrar e seguir meu caminho, mas quem sou? O que quero? Como quero?

Talvez seja tarde demais é não existe nada pior que o tarde demais.

-Bianca Queiroz

domingo, 21 de maio de 2017

Ela ou eu?

Ela precisa de alguém com quem possa conversar, alguém que depois não use as palavras dela contra ela. Alguém que queira ficar, mesmo com tantos motivos para ir.
Ela é espinhos, mas também saber ser flor. Ela é insegura demais pra se entregar de primeira, mas é confiante o bastante pra não desistir tão fácil.
Tem dias que ela é medrosa, e tem dias que ela é de uma coragem absurda. Tem dias que a verdade não dói e tem dias que a verdade corrói.
Ela é assim, mulher e menina, vivendo no mesmo corpo. Ela quer abraço, ver desenho, comer jujuba mas ela também quer beijo, quer toque, quer sexo.

Poderia dizer que ela teve o coração partido, mas a verdade é que ele nunca foi inteiro. Talvez isso a torne cada vez mais distante, menos disposta a se entregar. Mas tudo que ela quer é apenas isso: se entregar.

-Bianca Queiroz

sexta-feira, 19 de maio de 2017

Feche a porta...

Alguém te machuca profundamente com palavras que ficarão na memória, palavras que te descrevem mediocremente como alguém superficial, palavras saem da boca de alguém que tu achavas que te conhecia, porém foram palavras que te machucaram porque não é o que tu és, então percebes que passou tempo demais com alguém que nem se deu ao trabalho de te conhecer.

Alguém que chega, destrói tua vida e acha que tu vais fazer o mesmo. Alguém que não sabe que tu jamais machucarias alguém de propósito. Se esse alguém pensasse por um segundo enquanto olhasse as marcas em teus pulsos, saberia que preferes machucar a ti mesmo que alguém que gostas de verdade.

Isso foi o que mais doeu, e ainda dói e vai doer por um bom tempo.

Depois de tudo, só resta uma solução: a distância.
A distância que começou não por tua opção, mas que tu perceberas que não teve presente melhor que a ida desse alguém pra uma distância bem longe de ti. Uma distância que não te machuques mais.

Alguém que te vê desta forma tão medíocre e baixa, não quer tua amizade, e principalmente não a merece. Mesmo que a distância doa, quem não te conhece de verdade nunca gostou de ti, gostou de algo que imaginou que tu eras.

Dê adeus, feche a porta e não olhe para trás.

- Bianca Queiroz

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Ilusão da vida

Noites escuras virão derramar lágrimas presas. Algumas vezes derramarão sangue. As lágrimas que não querem sair e o sangue que implora pela liberdade.
O sangue é o choro mais sincero de quem o mundo assombra, o medo de ser, medo de não ser, medo de saber, ou de não saber... Tantos entre vários medos que não se sabe ao certo como e porquê  surgem, mas eles surgem e então deixamos de ser, de viver.

O que somos? Estamos vivos? Não sabemos. Então a pele grita pelo choro do sangue quente, lembrando que o sangue está nas veias, e se ele ainda está somos algo e algo que vive.

O sangue é quente, mas não queima, as lágrimas são quentes e queimam a face de quem as libertam, e cada lágrima que cai faz a face em brasas noturnas.

Desejo de chorar sangue e lágrimas que queimam os olhos e a face, assim são as noites de quem não sabe mais se está vivo mesmo ou apenas se iludindo de que vive.

- Bianca Queiroz

sábado, 6 de maio de 2017

Te amo, mas não gosto de ti.

Em um sociedade que se tornou extremista, onde tudo é amor eterno ou ódio absoluto, é difícil entender que amor e ódio não são opostos. O oposto do amor (e do ódio) é simplesmente a indiferença.

Amor e ódio podem coexistir em alguém em relação ao outro. Como? Observem os casais que se amavam e depois do término se odeiam, ou amizades de anos que se destroem e transformam-se em ódio absoluto o que antes era amor e cumplicidade. O ódio não é o contrário do amor pela simples razão que tu podes sim amar uma pessoa e odiar as atitudes, ou palavras ou algo nela, principalmente quando se ama alguém ambíguo, que em palavras é uma coisa e em atitudes é outra.

Amar realmente é aceitar esse ódio, é perdoar palavras mal ditas ou erros bem feitos. E é recíproco quando ao mesmo tempo o outro tenta não errar de novo, mesmo que ele erre, ele estará tentando não errar, pois ele também te ama.
Claro que isso não é regra cuspida, existem diversos tipos de amor, mas quando te prende, te corta, te faz mal, não é nem amor, nem ódio... É sentimento de posse.

Ódio é alguém te machuca e tu não perdoas, guarda mágoas, rancor (ele mentiu pra mim, eu o odeio)... Às vezes ódio é medo (eu odeio aranhas)...

Amor e ódio. Faces da mesma moeda. Coexistindo dentro de todos e de diversas formas.

A indiferença não precisa ser citada, ela não liga, não se importa. E onde ela está não há lugar nem para o amor e nem para ódio.

-Bianca Queiroz